A Rainha vermelha - Victoria Aveyard
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A rainha vermelha,
Editora Seguinte,
Resenha
"Você é algo completamente novo. Nem vermelho, nem prateado. Algo novo. Algo mais."
Em meio a uma sociedade completamente hierarquizada, onde ambos. "vermelhos" e "prateados", tem o seu papel bem definido, Mare surge como um furacão para abalar as estruturas de ambas as classes. Nascida como uma vermelha, em meio a miséria, Mare está prestes a completar 18 anos e não tem um emprego, o que quer dizer que certamente irá lutar na guerra, assim como seus irmãos e a maior parte dos vermelhos.
Em uma sociedade extremamente competitiva em relação a ocupações, Mare faz o que pode pra ajudar a família, que é roubar tudo que puder ajudar a mantê-los. O que não é de se surpreender, visto que os vermelhos são a classe trabalhadora, os que lutam para manter o luxo da elite, os prateados. São eles que lutam suas guerras, que trabalham para eles, que mantém a base da sociedade para que os prateados possam usufruir de toda comodidade e luxo.
E o pequeno detalhe que permite isso é o fato de que prateados tem poderes que os tornam extremamente poderosos e perigosos. Poderes como manipular mentes, controlar a água, os metais, e assim por diante, habilidade que os vermelhos não possuem e que lhes é esfregado na cara durante as lutas nas arenas, a fim de manter o povo sempre oprimido e com medo, apesar de muitos acharem que é "diversão".
Em uma sociedade extremamente competitiva em relação a ocupações, Mare faz o que pode pra ajudar a família, que é roubar tudo que puder ajudar a mantê-los. O que não é de se surpreender, visto que os vermelhos são a classe trabalhadora, os que lutam para manter o luxo da elite, os prateados. São eles que lutam suas guerras, que trabalham para eles, que mantém a base da sociedade para que os prateados possam usufruir de toda comodidade e luxo.
E o pequeno detalhe que permite isso é o fato de que prateados tem poderes que os tornam extremamente poderosos e perigosos. Poderes como manipular mentes, controlar a água, os metais, e assim por diante, habilidade que os vermelhos não possuem e que lhes é esfregado na cara durante as lutas nas arenas, a fim de manter o povo sempre oprimido e com medo, apesar de muitos acharem que é "diversão".
Quando seu melhor amigo de infância, o único que possui, perde seu emprego e, inevitavelmente, vai ser recrutado para a guerra, Mare tenta loucuras para evitar isso, e, por uma sucessão de fatos inesperados, acaba no palácio real, em meio a prateados poderosos quando descobre que ela não é exatamente tão comum quanto os outros vermelhos.
A autora soube construir a história de uma maneira perfeita, encaixando os fatos cuidadosamente e criando um enredo inteligente e repleto de reviravoltas de cair o queixo. Com uma narrativa fluida e objetiva, que é quase impossível não se envolver, Victoria nos leva a um mundo repleto de ação, guerras e jogos políticos, onde dominantes e dominados lutam, um por poder e outro por liberdade. É simplesmente fascinante acompanhar cada passo desse jogo, onde vemos vermelhos jogando contra os prateados pra conquistar a liberdade e os próprios prateados jogando entre si por mais poder.
Em A rainha vermelha, Victoria apresenta personagens fortes e bem definidos que são tão bem construídos que se tornam reais, capazes de nos fazer amá-los ou nos encher de ódio. Mare, a protagonista que nos narra a história, é uma menina forte, que após alguns empurrões pra entrar de cabeça na causa, não abandona seus objetivos e não é cheia de mimimi, ela luta pelo que quer.
"O mundo é prateado, mas também cinza. Não existem o preto e o branco."O ponto forte do livro está mesmo na trama cheia de mentiras, traições e desconfianças que a autora monta, de maneira que somos surpreendidos a cada passo e não podemos confiar em ninguém. A maneira como ela narra e desenvolve a trama é como um acidente de carro: quando sabemos que algo bombástico está para acontecer mas não conseguimos desviar os olhos e depois ficamos tentando adivinhar de quem foi a culpa sem realmente saber.
Outro ponto que devo ressaltar é o romance, ou a completa falta de foco nele, o que me agradou muitíssimo! Com uma trama tão bem bolada a autora teve a esperteza de se focar nela e em todos os acertos políticos acontecendo, focar na guerra, nas reviravoltas e na revolução. E, por mais que haja sim um leve romance, ele fica completamente em segundo plano.
Sim, A rainha vermelha tem algumas semelhanças com outras distopias, mas é algo característico do gênero, não uma imitação de algum outro livro, como muitos estão erroneamente dizendo. E com uma trama tão original, tão bem construída e amarrada, ninguém presta atenção nisso, só nos focamos em ficar chocados com as reviravoltas inesperadas, com raiva desse final que nos deixa sedentos pelo próximo volume e arrebatados por essa história incrível e impressionante, que foi tão bem montada que ganhou os direitos de adaptação comprados pela Universal, e que, tenho certeza, será uma adaptação incrível se for minimamente parecido com o livro.
Classificação
Beijos,
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